quarta-feira, 29 de julho de 2009

Alívio!

Gosto de assistir esses erros em rede nacional. Prova de que acontece nas melhores emissoras. Tadinho do Heraldo.

Memoráveis

No auge da minha inocência dos 12 anos, uma coleguinha contou que uma irmã mais velha dela, que estava grávida havia tido um aborto espontâneo.
Ela disse: - Minha irmã pensou que estava com cólicas, mas teve um aborto no banheiro.
Eu perguntei com a cara de compaixão pela moça que havia perdido o filho: - E o que ela fez?
Minha colega respondeu: - Deu descarga!

Trágico e cômico.

***

Esse outro fato aconteceu agora, já bem grandinha.
Estávamos no nosso encontro semanal, eu e mais três amigas, bebendo chocolate quente, quando não percebemos o garçom ao lado.
Uma amiga discorria sobre pílulas, menstruação e TPM. Foi quando nos demos conta da presença do rapaz.
Uma diz: - Que vergonha!
A outra: - Ele é gay!
E eu: - Não amiga, gay é o outro.

As gargalhadas pioraram ainda mais a situação.

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Essa foi as boas vindas ao ensino superior.
Corredores típicos de prédios do século passado, logo suas salas e portas enormes.
Eis que ao sair da aula procuro um banheiro e me deparo com duas portas iguais e com identificação pouco expressiva. Entrei na primeira porta com pressa de utilizar o sanitário. Quando abro a porta percebo um tipo diferente de pia e um garoto entrando.
Vermelha de vergonha largo aquele baixo e singelo: - Opa. Me confundi!
Quando saiu uma colega diz: - Eu tentei te avisar, mas não deu tempo.

Ainda bem que eu vi apenas a "pia". Principiante.

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Mas acho que a pior de todas as situações e por certo a menos engraçada porque foi extremamente constrangedora.
Um rapaz trabalhava em uma empresa, fazia assessoria de comunicação, eu sempre que precisava entrava em contato com ele, só que eu trocava o nome dele em todas as vezes. Pedia desculpas, mas como ele é muito parecido com um amigo, eu trocava os nomes na hora, achava que ele tinha cara de Lauro (nome fictício para não expor pessoas) e na verdade o nome dele era Mauro.
Eis que em um evento, ele se aproxima para conversar, e diz que precisava fazer uma média com a chefe da empresa no estado, mostrar que tinha contatos e estava se virando.
Quando ele me apresenta a mulher, eu olho para ela, saúdo e afirmo: - O Lauro é um assessor muito prestativo.
Ele meio vermelho e apreensivo me corrige: - É Mauro.

Opaa denovo!

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Por certo eu e uma amiga, muito curiosas, descobrimos sem querer uns lances de outro amigo. Foi num domingo qualquer tomando chimarrão, ele passou com uma certa moça e descobrimos o enredo do ano. Abordamos ele delicadamente, e nos vangloriamos da descoberta. Mas ele não havia nos encontrado no dia, e queria saber desesperadamente quem tinha visto. Foi quando afirmamos: - O olho que tudo vê!

Coitadinho.

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Finalmente consegui a mais que desejada folga no carnaval e sai pra folia no Uruguai. Um grupo de amigos bebemos atéééé o dia amanhecer. Como eu havia trabalhado no dia anterior e estava cansadíssima, mas não queria perder a festa, tomei muitos energéticos. As 9h da manhã do dia seguinte, eu ainda com toda a corda, cantando, dançando e enlouquecendo quem ainda se aguentava de pé.
Um amigo me olhou e disse: - Te enfiaram umas alcalinas no cú né?!
A risada foi total.

Tá a vida tem dessas coisas, quem nunca pagou um mico ou largou umas boas, que começe a rir primeiro.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Carta de alforria


"Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantia. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do zero inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. Sobem no palco, tosam o cabelo, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida.Para os rotuladores de plantão: um bando de inconsequentes."


(Martha Medeiros)


Desejos implícitos, explícitos, sonhos derradeiros, imaginações de um futuro bom, planejamento... O momento é pensar no que não existe aqui, e esperar o tempo passar, já que é só isso que me resta. Um ano para a minha carta de alforria me libertar e não pensar mais. Viver do e para o Jornalismo. Como diz uma música conhecida: "Pouco tempo pode ser demais para quem sabe o que quer".

domingo, 19 de julho de 2009

Convocação por paixão.


Dirijo-me neste instante para a preparação para entrar em campo. Arrumo-me como se fosse para o espetáculo, separo o melhor traje, a típica camisa tricolor, a bandeira que lembra os mais de 100 anos de história, e o escudo eternizado pelos pés dos guerreiros. Seguro nas mãos com satisfação a camisa réplica de 1977, almejo ao olhar para ela mais uma conquista, como aquela dos tempos de glória. Concluo o fardamento, inicio o aquecimento, não perco um só instante os passos do time que no Olímpico caminha comigo. Oriento o resto da equipe para que faça o mesmo, a pontualidade deve ser essencial hoje. Antes de sair do vestiário procuro o melhor lugar para não perder um lance sequer e vibro ao pensar em mais um clássico. Não apenas penso como mais um membro do time, nessas horas também sou um pouco treinadora, ouço comentários no rádio e discordo, e concordo, e implico, e fico ansiosa, e concluo como deve ser a escalação, o esquema tático, e desdenho o adversário. Situações admissíveis, já que é dia de clássico, talvez o maior do país, já que completa 100 anos. Penso nas vitórias, nos grandes jogos da dupla Grenal, penso nos últimos, como a boleada em cima do time do “fenômeno” Ronaldo, da partida contra o Curitiba, das fraquezas do clube do beira rio, mas também nos desfalques e histórico de jogos. Grenal nunca é fácil, sei disso, já começo a preparar o coração, medo todos temos, alguns amigos colorados preferem nem assistir o jogo junto, todos sabemos que a flauta é inevitável em qualquer das situações. E como a paixão pelo futebol é grande, melhor garantir os amigos.
O tempo começa a apertar no relógio, e o coração no peito. Invoco proteções divinas, seguro nas mãos dos companheiros de equipe, aperto as chuteiras nos pés e vibro ao pisar no gramado, e ao ouvir o clamor da torcida que contagia, apóia e incentiva. Em campo somos atacantes, zagueiros, cobramos escanteios e defendemos aquela jogada perigosa, no banco ficamos impacientes, cobramos mais empenho e nunca perderiamos uma chance de fazer gol.
Hoje é dia de jogo do Grêmio, e clássico, mais uma página na história do futebol gaúcho prestes a ser escrita. E eu aqui e ao mesmo tempo dentro de campo.