terça-feira, 8 de março de 2011

As histórias do biso - Um encontro


Simples, conversa com qualquer um e sobre qualquer assunto e encanta pela sabedoria. A bombacha e a alpargata são fundamentais na sua vestimenta diária e por isso é uma figura interessante.
Nos últimos meses, ele tem feito mais parte da minha vida. Problemas de saúde fizeram com que precisasse ficar aos cuidados da família.
Ele é pai da minha vó Neli, que é mãe da minha mãe. Apesar dos 70 anos que nos separam, eu e meu bisavô Arnaldo temos uma afinidade inexplicável e tenho verdadeira adoração por ele.
Na certidão de nascimento consta o ano de 1919, mas não se sabe se foi esse ano mesmo que ele veio ao mundo. No alto dos seus 92 anos, goza de uma lucidez incrível, uma memória fantástica, sem falar na saúde... mantêm a mesma altivez e não aceita ser tratado como velho, o corpo até parece um pouco cansado, mas a cabeça vive plenamente... sem precisar de apoio, surpreende todos descendo as escadas com as mãos no bolso.
Passar as tardes conversando com o biso se tornou um passatempo muito especial.
Compartilhar as histórias, suas lembranças e um pouco de como começou a nossa família é a minha ideia em um espaço para ele no blog. Depois de ouvir seus "causos" vou transmitindo para essas páginas virtuais.
O vô Arnaldo é filho de uruguaios, casou-se jovem, e quando a mulher adoeceu teve que tomar uma difícil decisão, dar os filhos. Uma vida sofrida, de muitos desafios, mas com certeza de muito amor.

Vou começar por um tempo muito antigo...

5 comentários:

loko disse...

Legal voce ter esse carinho com seu bisavô.... quem já os perdeu nessa vida pode dizer o quanto gostaria de tê-los. Valeu Camila......legal.. Abraços. Jair.

Anônimo disse...

Você não eh so linda por fora,dentro existe uma beleza rara!

Juliano disse...

Eu não tive nem a sorte de conhecer meus avós, nem por parte de mãe e nem por parte de pai. Vendo o carinho que muita gente tem por seus, me da uma vontade imensa de ter conhecido eles. A minha irmã que me conta muitas histórias de como o meu avô adorava cavalo e levava ela para galopar, me da uma ponta de inveja dela.

Desde já fica o convite para dar uma passada no meu blog também.

Beijooos Camila

Mário Schenkel disse...

Assim como o Juliano tambem não tenho mais meus avós, mas me surpreendo com a incrivel sabedoria e das historias de como era a vida em uma época que eu não tive o praser de conhecer. Quando converso com amigos que tem tal conhecimento da vida.
Adorei seu blog bjss

nando disse...

Parabéns pela sua sensibilidade Camila e também pela exelente repórter.
Abraços Nando