quarta-feira, 29 de abril de 2009

No lado esquerdo do peito.

Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de 7 chaves,
Dentro do coração,
assim falava a canção que na América ouvi,
mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir,
mas quem ficou, no pensamento voou,
com seu canto que o outro lembrou
E quem voou no pensamento ficou,
com a lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito,
mesmo que o tempo e a distância, digam não,
mesmo esquecendo a canção.
O que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Pois, seja o que vier,
venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto a te encontrar
Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.




Existem diversos tipos de amor... amor de pais, irmãos, namorados, filhos... mas um dos mais importantes e que de certa forma faz muita diferença na vida de cada um, é o amor dos amigos, são eles que muitas vezes quando estamos longe da família nos apoiam, auxiliam, aconchegam, dão conselhos e nos abrem os olhos. E mesmo quando estão longe continuam perto.

Estou ansiosa para ver as minhas amigas, Marina e Carolina. Desde novembro do ano passado nós as três não nos encontramos.

E por incrível que pareça, mesmo elas morando longe, a intimidade e a cumplicidade continuam as mesmas da época de Amaral.

A saudade é enorme e eu estou looouca para vê-las, vai ser como se nós não tivessemos ficado longe por tanto tempo.

Isso é amizade, é poder contar mesmo longe, é ter um carinho enorme, é respeito, lealdade, confiança e AMOR!

Amooo elas, e que chegue o final de semana!

domingo, 26 de abril de 2009

Por que tanta violência?




Ao chegar de uma festa na sexta-feira passado me deparo com uma notícia inesperada e que me chocou. Uma briga entre vizinhos resultou em dois feridos em estado grave.


Mas não é essa a versão que foi divulgada pela mídia, que mais me indigna. O que muitos não sabem é o que tem por trás disso.


Cidades pequenas tem uma cultura política pobre, lá a "democracia" é só fachada, o que impera mesmo é o "coronelismo", não quero de forma alguma ofender ninguém, até porque este termo é bastante amplo, mas apenas assimilar para uma questão que todos conhecemos. Não julgo e nem condeno, por vezes a única forma de sustento acaba sendo a política mesmo. É onde está o problema, desde que me conheço por gente, existem duas famílias que brigam pelo poder da cidade, os vencedores colocam os seus aliados em cargos públicos e garantem quatro anos.


Os perdedores procuram outras formas de se manter até a próxima eleição.


As eleições sempre são tumultuadas, e aquelas atitudes que conhecemos como desonestas, acontecem com naturalidade, como a compra de votos.


Só que desta vez as coisas passaram dos limites. Que duas famílias briguem pelo poder, até pode ser aceitável, mas chegar ao extremo de colocar a vida de outras em risco, isto é DEPLORÁVEL.


Não consigo entender como uma pessoa se deixa levar por um sentimento, que só pode ser de desespero, e atenta contra a vida de outra, por causa de política, e não venha me dizer que não é.


Segundo informações de pessoas que estavam no local, o fato se deu por uma bobagem, concordo que desnecessária por parte das vítimas, mas a velha história de cultivar ainda mais richas.


O fato é que uma pessoa, muito querida por mim, cometeu um erro terrível, e que por mais que me doa dizer isso, precisa responder pelo seu ato. Me doe também ver aquele jovem rapaz em cima daquela cama de hospital, apático, triste e com uma bala alojada no corpo tão diferente do normal.


Não julgo ninguém, repito isso, só cabe a justiça, mas não acho que atitudes como essas, irracionais, não devem ser anemizadas.


Não podemos aceitar, achar que isso é normal, a violência não nos leva a nada.


Aqui em Pelotas as coisas estão entrando num estágio em que não terão mais volta.


Em quatro meses aconteceram 24 homicídios, em todo o ano passado (em doze meses) foram 26. Pode isso? Desesperador chegar no trabalho, receber mais uma noticia como esta e ser obrigada a divulgar uma coisa assim. São crianças, homens, mulheres, a tarde, a noite, em casa, na praia, na rua, morrem como heróis, como vítimas, e porque merecem (três mortes foram por disputa de tráfico de drogas).


Paro! Não reconheço mais a cidade, tenho medo de andar na rua, o sentimento de insegurança é constante, e de impotência é enorme. Perguntei para um delegado se esses números exorbitantes eram normais, e ele respondeu que sim, e aparentemente pelo menos em Pelotas nada tem sido feito para mudar.


E o pior é que a violência não está apenas em atos criminosos/premeditados, mas também em atitudes impulsivas, como no transito (eu poderia relatar muitas cenas de agressão que presenciei nas ruas, não acredito que todos já devem ter se deparado com alguma), nos estádios de futebol (não existe um jogo de futebol que não acabe em briga entre as torcidas), em casa, nas escolas... enfim encontramos os traços da violência por todos os lugares.


Quem me conhece sabe que não sou adepta a nenhum religião, mas acredito em Deus e nesse momento confio a minha vida apenas a ele.




Que Deus os proteja!